quarta-feira, abril 29, 2009

Maria João e Mário Laginha – Tour Chocolate - Alemanha

02 Maio - Kaiserslautern – Alemanha

O último trabalho de Maria João e Mário Laginha, “Chocolate”, aqui em versão a dois: voz e piano. A dupla dá concertos com múltiplas formações, que vão desde a orquestra ou big band, passando pelo mais convencional quarteto ou quinteto, até à depuração da voz e piano. As soluções encontradas para as diferentes fórmulas garantem sempre resultados convincentes. “Chocolate” marca o reencontro dos dois músicos num projecto que se sucedeu a trabalhos em nome próprio de João e Laginha, e que dá particular ênfase a uma abordagem mais “jazzy”.

segunda-feira, abril 27, 2009

Jazz às 5ªs de Regresso à Cafetaria Quadrante - CCB

Aqui fica a programação para o mês de Maio de 2009:

7 MAIO \ AVRAM FEFER - CARLOS BARRETTO - HARRIS EISENSTADT
Avram Fefer
– saxofone tenor, clarinete baixo
Carlos Barretto – contrabaixo
Harris Eisenstadt – bateria
No primeiro encontro de Carlos Barretto com estes dois músicos americanos, o saxofonista e clarinetista Avram Fefer e o baterista Harris Eisenstadt, uma certeza se garante à partida: a de que tradição e futuro se combinarão num jazz que se pretende vivo e em plena sintonia com o presente. Todos os três são compositores com perspectivas muito próprias e improvisadores inventivos, e todos os três são instrumentistas completos. Barretto é muito mais do que um ritmista – as suas capacidades como construtor de edifícios musicais transcendem os vulgares papéis e funções do contrabaixo. Fefer é pródigo na expressão das complexidades da alma humana seja em que formato for (be bop, free jazz, trip-hop, jungle, drum 'n' bass, acid jazz, world jazz), e neste contexto não será diferente. Um estudioso das músicas de África, Eisenstadt é, por sua vez, o melhor exemplo de como o sentido de “drive” não exclui o uso do intelecto – neste particular, entende a percussão num pequeno combo como Duke Ellington “via” o piano na sua orquestra. Muito, pois, há a esperar desta estreia...

14 MAIO \ NOBUYASU FURUYA TRIO
Nobuyasu Furuya
– saxofone tenor, clarinete baixo e flauta
Hernani Faustino – contrabaixo
Gabriel Ferrandini – bateria
Japonês de nascimento, mas presentemente a viver em Lisboa depois de uma estada em Berlim, Nobuyasu Furuya veio agitar as águas da cena jazzística e improvisada portuguesa com o seu sopro ora extremamente possante (algures entre Archie Shepp e Peter Brotzmann), ora controlado com um rigor implacável (o mesmo das cerimónias de chá, das árvores bonsai e dos jardins de pedra tipicamente nipónicos), nos seus três instrumentos de eleição: o saxofone tenor, o clarinete baixo e a flauta. Começou por se dedicar à música barroca europeia, mas depressa foi conquistado pelo free jazz, que vem tocando nos mais variados contextos, de pequenas formações a “big bands”. Compôs igualmente para dança, teatro e cinema e passou pelas cenas noise e ska-core do “underground” de Tóquio. Interessou-se pela música clássica otomana, que estudou na Turquia. Por cá, teve muitos aplaudidos encontros com três dos mais internacionais praticantes da improvisação: Carlos “Zíngaro”, Ernesto Rodrigues e Rodrigo Amado, mas foi com o contrabaixista Hernâni Faustino e o baterista Gabriel Ferrandini que formou o trio que ora se apresenta. Com tais músicos na secção rítmica, conhecidos pelo impacto das suas prestações, o seu propósito é claro: mostrar que a “new thing” nascida na década de 1960 ainda não morreu.

21 MAIO \ ELLIOTT SHARP SOLO
Elliott Sharp
– Koll 8 string guitarbass
Multi-instrumentista (guitarras, saxofones, etc.) e compositor, Elliott Sharp é um dos protagonistas da cena experimental de Nova Iorque desde há cerca de 30 anos. Lançou mais de 200 discos num espectro musical que vai dos blues e do jazz ao rock “no wave” e ao techno, passando pela música para orquestra e pelo noise.
As suas composições foram interpretadas por RadioSinfonie Frankfurt, Ensemble Modern, Ensemble Rezonanz, Continuum, Flux Quartet, Kronos Quartet e Zeitkratzer, e os seus colaboradores incluíram já o cantor qawaali Nusrat Fateh Ali Khan, a lenda dos blues Hubert Sumlin, o dramaturgo Dael Orlandersmith, a violoncelista Frances-Marie Uitti, os escritores de ficção científica Jack Womak e Lucius Shepard, os gigantes do jazz Sonny Sharrock, Jack DeJohnette e Oliver Lake e o líder dos Master Musicians of Jajoukah, Bachir Attar. Lidera os projectos Carbon, Orchestra Carbon, Tectonics e Terraplane, e um dos mais recentes álbuns do músico, Sharp? Monk? Sharp! Monk!, que consiste na interpretação em guitarra acústica solo de peças de Thelonious Monk. Elliott Sharp virá interpretar temas de Monk e outras pérolas do seu mais recente disco na Clean Feed, Octal: Book One, na guitarra Koll de 8 cordas, construída de propósito para si pelo luthier Saul Koll.

28 MAIO \ NELSON CASCAIS QUINTETO “GURUKA”
André Fernandes
– guitarra
João Paulo – fender rhodes
Pedro Moreira – saxofones e flauta
Nelson Cascais – contrabaixo
Marcos Cavaleiro – bateria
Muito mais que contrabaixista, Nelson Cascais confirmou recentemente, com o lançamento de Guruka (o terceiro álbum como líder), que é também um compositor com uma visão própria e consistente da música que pratica. Músico incontornável da cena nacional, a ele recorrem também todos quantos precisam de um pilar sólido para os seus próprios conceitos, como André Fernandes, Carlos Martins, Abe Rabade, Perico Sambeat, Jesus Santandreu, Maria João, Mário Laginha, Benny Lackner, Pedro Moreira, Bernardo Sassetti, e tantos outros. Foi com alguns deles que Cascais formou o projecto Guruka, e só a leitura dos nomes em questão é uma garantia de qualidade: além de Fernandes e Moreira, estão envolvidos o grande pianista que é João Paulo Esteves da Silva (neste contexto concentrado num instrumento “vintage”, o Fender Rhodes) e Marcos Cavaleiro. A música a ouvir, desta vez ao vivo, pretende equilibrar escrita e improvisação de modo orgânico, conciliando num mesmo objecto a diversidade de influências estéticas de cada uma das personalidades associadas. Mal podemos esperar...

quinta-feira, abril 02, 2009

Maria João e Mário Laginha em Sintra

Concerto Beneficência “Juntos por Bem”
11 de Abril - Centro Cultural Olga Cadaval - Sintra - 22h00

Maria João e Mário Laginha apresentam o seu novo trabalho “Chocolate” no Centro Cultural Olga Cadaval, no dia 11 de Abril, num concerto cujas receitas revertem a favor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra.
Lançado no final de 2008, o último trabalho de Maria João e Mário Laginha “Chocolate”, marca o regresso da dupla a um registo mais próximo do jazz, recriando standards como “I’ve grown accustomed to his face” ou “When you wish upon a star”, e temas originais escritos para o novo CD. Gravado originalmente com uma formação instrumental que inclui contrabaixo, bateria e saxofone, para além do piano de Laginha e da voz de Maria João, o concerto em Sintra põe à prova a capacidade do duo de construir um som convincente apenas com voz e piano. Quem os conhece sabe que o desafio será ganho…

“Matéria-Prima” de Carlos Bica no Gaia N’Jazz

04 de Abril - Vila Nova de Gaia

“Matéria-Prima” é um dos vários projectos em que o contrabaixista Carlos Bica está envolvido, contando com músicos como o pianista João Paulo Esteves da Silva, o guitarrista Mário Delgado, o baterista João Lobo e o trompetista João Moreira.
Um dos objectivos do projecto é pôr em prática um certo modo “português” de improvisar, uma fórmula que todos os participantes nesta “Matéria-Prima” dominam perfeitamente.