quinta-feira, maio 14, 2009

Concerto de Mário Laginha para piano e 0rquestra em estreia no Festival de Música do Algarve

15 de Maio, Centro de Congressos de Arade - Lagoa - 21h30
16 de Maio, Teatro das Figuras - Faro - 21h30
Orquestra Nacional do Porto dirigida por Christoph König, solista Mário Laginha, ao piano

O pianista e compositor Mário Laginha aceitou um desafio invulgar para um músico habitualmente conotado com o universo do jazz: escrever um concerto para piano e orquestra sinfónica. O resultado poderá ser apreciado, em estreia absoluta, nos próximos dias 15 e 16 de Maio, em Lagoa e em Faro, respectivamente, no âmbito do Festival Internacional de Música do Algarve. A execução da obra está a cargo da Orquestra Nacional do Porto, dirigida pelo maestro Christoph König, com o próprio Mário Laginha como solista.

O clássico concerto para piano está entre o reportório musical que Mário Laginha mais aprecia: “Mozart, Ravel, Beethoven, Brahms, Schumann, Prokofiev, Rachmaninoff, entre outros, escreveram concertos com uma inspiração e uma técnica orquestral que facilmente fazem alguém como eu sentir-se intimidado com a perspectiva de também tentar faze-lo”, reconhece o pianista. Mesmo assim, o músico resolveu “pôr de lado esse peso e encarar a tarefa com a mesma descontracção” com que compõe “para formações bem mais pequenas”.

Para Laginha, “a linguagem do jazz desenvolveu-se afastando-se do universo clássico. A forma como se tocam os instrumentos, o som que se tira deles, as próprias formações, tudo isso conferiu uma identidade muito própria ao jazz”. Por essa razão, reconhece, “pode parecer um contra-senso tentar reaproximar aquilo que naturalmente se separou”. Mas o músico não encara assim a questão: “O meu universo musical é forçosamente contaminado pelas características que me atraem em qualquer estilo de música. Aquilo que eu pretendo fazer é simplesmente tentar perceber o que posso utilizar, como devo utilizar e quando utilizar essas características”. O pianista admite que a tarefa a que meteu ombros “é difícil e nunca é garantido que se vá ser bem sucedido”, mas o risco não o fez desistir de experimentar. “Eu divirto-me a tentar”, conclui.

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